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deFEMde vai a OEA para combater a violência de gênero com outras organizações

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A Rede Feminista de Juristas – deFEMde, ao lado da Associação Mulher sem Violência e do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres da Defensoria Pública do Estado de São Paulo – NUDEM, protocolou recentemente manifestação perante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – OEA denunciando as graves violações dos direitos humanos das mulheres pelo Estado brasileiro, em consonância com a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher – “Convenção de Belém do Pará” (1994). 

A manifestação aborda a A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) de no 29/2015, cujo objetivo é alterar a Constituição Federal para explicitar que o direito à vida é inviolável desde a concepção, o que atenta contra direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, ameaçando inclusive o aborto seguro nos casos previstos em lei, algo contrário à Convenção de Belém do Pará e ao Pacto de San José da Costa Rica.

É importante salientar que dos 29 Senadores autores da PEC 29/2015 apenas uma é mulher, sendo a proposta de Emenda Constitucional que violará gravemente o
direito fundamental das mulheres produzido e escrito por 28 homens, que jamais poderão gestar, sofrer a violência psicológica e a tortura de uma gestação indesejada, e tampouco arcarão com as consequências da escolha da maternidade ou não.

O Brasil é um dos 35 países da América que é membro da OEA – Organização dos Estados Americanos. A Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher foi assinada pelo Brasil, e ratificada em 1995, integrando o ordenamento jurídico brasileiro e subordinando legislação, jurisprudência e políticas públicas; mulheres estão protegidas dentro da Convenção, e as tentativas do Poder Legislativo de esvaziar a proteção jurídica das mulheres constituem violação aos direitos humanos reconhecidos pelo Estado brasileiro.

A PEC nada mais é do que o reflexo do conservadorismo que assola o Brasil, propondo o controle absoluto sobre o corpo da mulher e sua autonomia, em contraponto às conquistas das mulheres por seus direitos e garantias fundamentais, algo que a Rede Feminista de Juristas segue combatendo, pela equidade de gênero e no gênero.

deFEMde promove debates sobre Visibilidade Lésbica

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No seio da mobilização pelo dia 29 de agosto, vai acontecer na semana que vem o Ciclo de Debates do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, evento integrante de nossa Campanha do Mês da Visibilidade LGBTT, que vem ocorrendo durante todo o mês de agosto. O evento contará com três encontros, que acontecerão nos dias 23, 24 e 25 de agosto, terça, quarta e quinta-feira, para discussão dos temas: 1º Encontro: Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher Lésbica, 2º Encontro: Maternidade Lésbica e 3º Encontro: Machismo Lesbofóbico. Os três dias de evento acontecerão na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – Largo São Francisco, na Sala dos Estudantes, às 19 horas.

1º Encontro: Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher Lésbica em 23 de agosto, terça, 19h
– Alice Quadros é estudante da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, coordenadora de cultura da direção executiva nacional dos estudantes de medicina, membra do Coletivo Feminista Geni da Fmusp e do coletivo mosaico.
– Tamara Cereja é formada em serviço social pela FMU, com Especialização EAD em Serviço Social e Direitos Sociais pela UnB. Trabalhadora da Assistência Social na prefeitura de São Paulo. Mulher, Lésbica e mãe de uma linda menina de dois anos e meio.

2º Encontro: Maternidade Lésbica em 24 de agosto, quarta, 19h
– Dora Martins é Juíza Substituta de Segundo Grau da Câmara Especial do TJSP, já foi Juíza da Vara da Infância e da Juventude Central da Comarca de São Paulo.
– Ana Amorim é médica
– Phamela Godoy é tesoureira da ABGLT, foi Coordenadora Adjunta de Politicas LGBT da Prefeitura de São Paulo, Presidente da ONG Visibilidade LGBT e Coordenadora da Aliança Paulista LGBT

3º Encontro: Machismo Lesbofóbico em 25 de agosto, quinta, 19h
– Márcia Balades é integrante da Liga Brasileira de Lésbicas, do Bloco feminista da Marcha da Maconha e colaboradora no Núcleo de Sexualidade e Gênero do Conselho Regional de Psicologia.
– Professora Luiza Coppieters, professora de filosofia, militante feminista e LGBT, candidata a vereadora pelo PSOL.
– Natalia Pinheiro é publicitária, produtora e militante lésbica feminista. Atualmente é militante da Chega de Assédio, participa da organização do Maria Bonita Fest, da visibilidade lésbica e da Caminhada de lésbicas e bissexuais de São Paulo, onde está a 8 anos na organização.